RONCO NA CRIANÇA E NO ADULTO
- Andrea Cury
- 16 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de fev. de 2020
Out 19
Ronco ocorre devido a obstrução parcial das vias respiratórias superiores à passagem de ar durante o sono. As condições que levam ao ronco costumam ter fatores diferentes nas
crianças e nos adultos. Enquanto nas crianças a hipertrofia das amígdalas e da adenoide respondem pelo maior número de casos, nos adultos os fatores costumam ser mais complexos. Ao dormir, ocorre uma diminuição do tônus muscular da faringe, ocorrendo estreitamento dessa região. Vários fatores podem dificultar ainda mais essa passagem do ar, contribuindo com o surgimento do ronco, como:

Obesidade: este é o mais frequente fator de risco envolvido. O aumento do tecido adiposo no pescoço reduz o calibre da via aérea, predispondo a obstrução durante o sono.
Idade: com o envelhecimento, ocorre diminuição progressiva do tônus e elasticidade dos tecidos da garganta, favorecendo a obstrução das vias aéreas.
Obstrução nasal, que pode ocorrer por: aumento do volume de secreções e produção de muco, desvio de septo nasal, rinites, sinusites, pólipos nasais, hipertrofia das amígdalas e adenoides.
Alterações craniofaciais: retrognatismo, hipoplasia de mandíbula e maxila, macroglossia (aumento da língua) e outras alterações nos ossos da face entre outras.
O RONCO TRAZ PREJUÍZOS À SAÚDE?
O ronco pode ser o sinal de uma doença que tem graves consequências ao organismo – a Síndrome de Apneia do Sono, que é um transtorno no qual o indivíduo apresenta sucessivas paradas respiratórias de curta duração durante o sono. Esta síndrome pode trazer graves consequências ao coração e vasos sanguíneos, aumentando a incidência de infarto do miocárdio, AVC (“derrame”), hipertensão arterial, arritmias e insuficiência cardíaca. Além disso, traz prejuízos na qualidade do sono, levando à sintomas de sonolência diurna, déficit de memória e aprendizado, impotência sexual, cefaleia, acidentes de trânsito e de trabalho, entre muitos outros.
E O RONCO SEM APNÉIA DO SONO TRAZ CONSEQUÊNCIAS À SAÚDE?
Apesar do ronco sem apneia não trazer consequências para o indivíduo que ronca, algumas vezes pode ocorrer constrangimento social até sérios problemas conjugais.
QUANDO PROCURAR AUXÍLIO MÉDICO?
O ronco leve (ressonar) e eventual, apenas em determinadas situações (como após uso de bebidas alcoólicas ou tranquilizantes, por exemplo) não deve ser considerado um problema médico. Entretanto, indivíduos que apresentam ronco alto e/ou frequente,
devem procurar a avaliação de um médico, a fim de verificar a presença de apneia do sono associada.
É comum a presença de ronco, com ou sem apneia, em pessoas com mais de 40 anos de idade ou outras doenças como obesidade, hipertensão, diabetes, doença coronariana, entre outras. Se você ou seu parceiro sofre com o ronco, converse com um médico sobre seus hábitos de ronco. O profissional fará perguntas sobre a natureza do ronco e ajudará a determinar se é inofensivo ou se há indicação de outro problema mais grave e, desta maneira, direcionar o tratamento adequado.
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