PRESBIACUSIA: O OUVIDO TAMBÉM ENVELHECE!
- Andrea Cury
- 10 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de jan. de 2020
Out 19
Presbiacusia é definida como diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento, por alterações degenerativas, fazendo parte do processo geral de envelhecimento do organismo. Ela não deve ser interpretada como um comprometimento apenas da orelha interna, mas também das vias auditivas e do córtex cerebral.

Fatores externos, como o tabagismo, podem ser um importante potencializador do quadro presbiacúsico. Torna-se difícil definir em cada indivíduo, a proporção de perda auditiva que é devida ao processo de senilidade em si, daquele causado por fatores metabólicos, traumáticos ou definidos hereditariamente. A conclusão é de que a presbiacusia tem uma origem multifatorial.
O efeito da idade no sistema auditivo, caracteristicamente resulta em perda neurossensorial, simétrica, bilateral, lentamente progressiva, em freqüências acima de 2000Hz. De início, a conversação não está alterada, pois as frequências da fala (500 a 2000Hz) não estão afetadas. Quando começam a estar envolvidas, passa a haver dificuldade na discriminação de consoantes e problemas de entendimento da fala, o que pode acarretar rejeição social,
isolamento e depressão.
Para se estabelecer o diagnóstico de presbiacusia, deve-se iniciar uma anamnese, com uma história detalhada da perda auditiva, investigação minuciosa dos hábitos pessoais, condições metabólicas, cardiovasculares e imunológicas, exposição ao ruído e ototoxicidade. A audiometria tonal e vocal é o exame mais importante, mas em alguns casos exames laboratoriais também podem ser necessários.
Como não há tratamento capaz de restabelecer a audição normal do indivíduo, a primeira meta é tratar todas as possíveis causas que somadas ao processo de envelhecimento, aceleram o declínio da função auditiva. A compensação de fatores metabólicos (diabetes, hipercolesterolemia, hiperuricemia, alterações hormonais) e vasculares (hipertensão arterial e aterosclerose) devem ser realizadas.
A reabilitação auditiva por meio de próteses de amplificação sonora é medida efetiva e fundamental para a manutenção da função social do idoso e deve ser proposta precocemente durante o curso evolutivo da perda auditiva, sendo bilateral sempre que possível. Audição traz integração! Se perceber que não ouvindo bem ou não compreende
o que os outros dizem, procure um otorrinolaringologista.
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