SINUSITE: SE NÃO TRATAR PODE AGRAVAR
- Andrea Cury
- 16 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de fev. de 2020
Out 19
Sinusite é todo processo inflamatório da mucosa de revestimento dos seios da face. Atualmente, o termo rinossinusite tem sido mais aceito, pois a rinite existe isoladamente, mas a sinusite sem rinite é de ocorrência rara.

Em 80% dos casos a rinossinusite bacteriana é secundária a uma infecção viral das vias aéreas superiores e nos outros 20% dos casos costuma ser secundária a uma inflamação alérgica. Em relação à evolução, as sinusites são classificadas em: agudas - menos de 4 semanas; subaguda - entre 4 semanas e 3 meses; e crônicas - sintomas que persistem por mais de 3 meses. Essa divisão não é exata e serve para auxiliar o médico na investigação
e tratamento.
Alguns fatores estão relacionados com a recorrência ou cronificação dos quadros de sinusites como: deformidades anatômicas do nariz ou seios da face que facilitem o acúmulo de secreção, alergias, doenças crônicas, deficiência das células ciliadas em transportar o muco e qualidade das secreções nasais (ex. muco muito espesso). Nas rinossinusites agudas, os sintomas mais comuns são: dor (nasal, facial ou na cabeça, na região dos dentes e que piora pela manhã), febre (50% dos adultos), obstrução nasal, secreção nasal, mau hálito, diminuição do olfato e tosse (por drenagem de secreção do nariz para a garganta). No exame físico encontramos: vermelhidão e inchaço da mucosa nasal e secreção purulenta nas cavidades nasais ou vistas na garganta por gotejamento da parte posterior do nariz.
É difícil distinguir as rinossinusites virais das bacterianas, através da apresentação clínica. Devemos suspeitar de um quadro bacteriano quando um resfriado comum persistir por mais de sete a dez dias sem melhora, ou quando houver piora dos sintomas após o quinto dia. Diferentemente da sinusite aguda, os sintomas sistêmicos da sinusite crônica podem ser pouco evidentes. Seu quadro clínico é caracterizado por: secreção nasal mucopurulenta, obstrução nasal, sensação de “pressão” na face ou em volta dos olhos,
tosse e dor de garganta secundária à irritação crônica das secreções. Os exames diagnósticos que podem ser solicitados são: endoscopia nasal (em alguns casos permite ver a secreção drenando dos seios da face e identifica alterações anatômicas da cavidade nasal), radiografia de seios da face (pouca indicação, só nos casos agudos) e tomografia
computadorizada dos seios da face (indicada em casos agudos com suspeita de complicações e nos casos crônicos).
O tratamento das rinossinusites inclui a lavagem nasal e antibioticoterapia. Em alguns casos podemos utilizar corticoides e descongestionantes. O tratamento cirúrgico está indicado em alguns casos de rinossinusite crônica ou complicações de rinossinusite aguda. Observe: se você estiver com os sintomas de uma rinossinusite, faça uma boa hidratação, repouso e lavagem nasal. Não use medicação por conta própria. Se os sintomas estiverem piorando ou não melhorarem em torno de 5 dias procure um
otorrinolaringologista.