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SURDEZ SENSORIONEURAL – CANDIDATOS AO IMPLANTE COCLEAR – PARTE 2/2

  • Foto do escritor: Andrea Cury
    Andrea Cury
  • 10 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de jan. de 2020

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Os candidatos ao IC podem ser pacientes ditos pré-linguais (já nasceram com problema de surdez ou perderam a audição antes de desenvolver a fala) ou pós-linguais (perderam a audição depois de terem ouvido por algum tempo).


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Segundo o Grupo de IC do Hospital das Clínicas da FMUSP os critérios básicos

de indicação do implante coclear são:


Pacientes pós-linguais:


Deficiência auditiva neurosensorial bilateral de grau severo a profundo que não se beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou seja, apresentarem escores inferiores a 50% em testes de reconhecimento de sentenças com o uso da melhor protetização bilateral possível. Não existe limite de tempo para a realização do implante coclear neste grupo, porém quanto maior o tempo de surdez, piores serão os resultados.


Pacientes pré-linguais:

Deficiência auditiva neurosensorial bilateral de grau severo a profundo, com reabilitação fonoaudiológica efetiva há pelo menos 3 meses (crianças de 0 a 18 meses) ou desde a realização do diagnóstico (crianças maiores de 18 meses), que não se beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI).


Neste grupo a idade do paciente é importante. Nas crianças, a idade ideal é até 2 anos de idade, sendo que quanto mais precocemente o paciente é implantado, melhores serão os resultados. Recentemente as indicações para a utilização de IC vem sendo ampliadas e uma possibilidade é seu uso para o tratamento de zumbido incapacitante em pacientes com perda auditiva unilateral.


Uma ampla avaliação médica, audiológica e psicológica deve ser realizada antes da indicação cirúrgica, por isso os centros que trabalham com implante coclear dever contar com uma equipe multidisciplinar. Em torno de 30 dias após a realização da cirurgia é realizada a ativação do aparelho. Em seguida, inicia-se o processo de programação e adaptação do paciente ao implante coclear, incluindo consultas com a fonoaudióloga.


Não podemos esquecer que, para conseguirmos ouvir e entender não basta recuperar o órgão periférico da audição, neste caso a orelha interna, mas sim ter uma via auditiva funcionante, o que inclui o nervo auditivo, os núcleos auditivos e mesmo o córtex cerebral. Portanto, apesar dos amplos critérios de indicação, não são todos os pacientes que se beneficiam do implante coclear. Por isso a avaliação e a orientação correta são fundamentais para previsão do prognóstico e o direcionamento das expectativas. Muitas vezes, se o resultado da avaliação constatar que o benefício será muito limitado, o implante poderá não ser indicado, mesmo quando o paciente apresentar surdez profunda.


 
 
 

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Dra. Tatiane

Vacaro Campos

CRM 136808

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